Saiba a origem do livre e todo o seu desenvolvimento aqui no Origem das coisas. Para entender mais sobre o surgimento do livro, leia aqui!
Você conhece a origem do livro? Sabe como ele surgiu e o motivo dos livros serem tão importantes? Neste texto, falaremos quando surgiu o livro, como ele chegou no formato em que conhecemos hoje em dia, e porque ele é tão importante e já foi tão restrito para a população não ter acesso livre ao conhecimento e à educação.
Qual a origem do livro?
Há cerca de 6 mil anos, surgiram os primeiros livros, ou o que viria a ser a primeira tentativa de formular protótipos de livros. Antes de os livros serem como os conhecemos hoje em dia: com capas (duras ou não), e os miolos bem amarradinhos para sustentar as páginas, os povos antigos — principalmente aqueles que deram origem aos primeiros registros que se tem do que é a escrita, como sumérios, egípcios, gregos e babilônios — utilizavam casca de árvores, placas de argila, folhas e até mesmo papiro (no caso dos egípcios) para registrar a escrita.

O livro surge a partir da necessidade das sociedades em armazenar, e registrar, o conhecimento com o intuito de passá-lo para as gerações futuras.
Os primeiros livros
Os primeiros livros, ao contrário da forma atual, eram “impressos” nos materiais que cada povo tinha à sua disposição: madeira, pedra, folhas de plantas, e o papiro foi a forma mais resistente e mais próxima do papel que os povos antigos conheceram.
Alexandria, por exemplo, a maior e mais prestigiosa biblioteca do Mundo Antigo chegava a ter cerca de 700 mil livros em rolos de papiro; enquanto nas Américas, antes da chegada de Colombo, os povos nativos utilizavam materiais macios entre a casca e a própria madeira das árvores para registrar seus conhecimentos e histórias.
A evolução do livro como o conhecemos hoje
Durante a Idade Média (476 d.C. a 1453) o livro era um produto de valor inestimável, e eram limitados a uma porção minúscula da população, o clero (membros da Igreja Católica, como padres, bispos, e sacerdotes da Igreja de uma maneira geral) e a nobreza. A Igreja Católica, para evitar que outras ideias surgissem e evitar que acabassem por perder a sua influência no período medieval, criou o Índice dos Livros Proibidos (Index Librorum Prohibitorum) que reunia o título de diversos livros proibidos.
Graças ao Índice, a maioria dos livros falava sobre religião, história, astronomia, literatura e filosofia, e eram restritos a uma porção diminuta da população — além de, claro, a maior parte da população não ser letrada, o que limitava ainda mais o conhecimento que podia ser obtido nas bibliotecas.

No século XV, na transição da Idade Média para a Idade Moderna surge a imprensa, o que leva ao alemão Johannes Gutemberg a produzir o primeiro livro europeu chamado “Bíblia de Gutemberg” com 180 exemplares; graças ao sistema de impressão — cuja técnica havia sido aperfeiçoada anteriormente pelos asiáticos, especialmente na China — o restante da população acabou tendo um acesso mais amplo aos livros.
Depois da Bíblia de Gutemberg, surgiram diversas categorias de livros: didáticos, infantis, de poesia, e até mesmo as epopeias antes só compartilhadas oralmente desde os povos mais antigos ganharam suas próprias páginas para adentrar permanentemente a história.
O poder dos livros
Por muito tempo, especialmente na Idade Média, os livros eram limitados a uma parcela da população, e haviam temas que não podiam ser discutidos — regras definidas pela Igreja Católica, a fim de manter o seu poder e influência diante da população.
Quando Johannes Gutemberg populariza o livro, graças as prensas móveis, o livro se torna popular e mais acessível, fornecendo conhecimento para todos de maneira prática.
A Epopeia de Gilgamesh, o livro mais antigo do mundo
A origem do livro, como conhecemos, não tem mais do que 600 anos, mas a Epopeia de Gilgamesh é uma obra de 4 mil anos e ficou soterrada no incêndio responsável por devastar a Biblioteca de Nínive, uma cidade na Antiga Mesopotâmia, hoje uma região próxima da cidade de Mossul, no Iraque.
A obra foi encontrada por arqueólogos em 1849, e mais 30 mil plaquetas de escrita cuneiforme (povos sumérios) com 1.200 escritos diferentes (incluindo a Epopeia); na narrativa, há vários trechos parecidos com histórias da Bíblia, que só viria a surgir no século VIII a.C, histórias que são chamadas Pentateuco do Antigo Testamento ou Torá judaica.
Clássicos helênicos como Ilíada e Odisseia também são bastante similares aos trechos das aventuras de Gilgamesh.
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