A origem da monarquia é um tema importante, que envolve, entre outras coisas, os desenhos das relações de poder na sociedade humana de séculos atrás. Entender esse assunto é relevante até mesmo para compreender como o mundo funciona atualmente.
Desde a origem da monarquia, muitos episódios históricos de grande repercussão se sucederam em torno desse sistema de governo. A Revolução Francesa é, provavelmente, o maior exemplo disso. Ela teve, em seu âmago, a insatisfação popular com a monarquia, e gerou eventos que reverberam até hoje.
Por esse e outros motivos, entender a origem da monarquia é tão importante. Mesmo hoje, alguns países ainda mantêm essa forma de governo, e isso impacta diretamente na sociedade. Continue a leitura deste artigo e saiba mais sobre a monarquia, incluindo sua origem e como ela funciona.
O que é uma Monarquia?
A monarquia é um sistema de governo, isto é, uma forma de governar um país em que o poder decisório sobre a nação está concentrado nas mãos de uma pessoa (o monarca). Na prática, ela não existe mais nos dias atuais com os mesmo moldes de séculos atrás, e o que se encontra na atualidade são monarquias simbólicas e sem muita influência política.

Na origem da monarquia, no entanto, o monarca (rei, rainha, imperador ou imperatriz) possuía total poder sobre a política e a sociedade, de modo que sua vontade era absoluta. Acreditava-se, em alguns casos, que o rei era um “escolhido de Deus”, e isso fundamentava ainda mais suas decisões e opiniões.
Além dessa característica — a centralidade do poder nas mãos do monarca —, outro traço é determinante para a existência desse modelo de governança: a transmissão hereditária do cargo. Isso fazia com que o rei sempre pertencesse a uma única linhagem e, com o passar do tempo, uma única família se perpetuasse no poder.
Qual a origem da Monarquia?
O marco temporal da origem da monarquia, normalmente, é definido como o período da Baixa Idade Média europeia, pois foi nessa época que muitos dos reinos mais prósperos e longevos tiveram início.
Portugal, Espanha, França e Inglaterra são bons exemplos de países que aderiram à monarquia durante o período supracitado. Apesar de não terem acontecido de maneira rigorosamente simultânea, as monarquias nesses Estados tiveram início no mesmo recorte temporal, entre os séculos XII e XV.
O que levou esses e outros países a adotarem esse sistema de governança foi o próprio contexto histórico, com destaque principal para o aspecto econômico das sociedades. Uma vez que o feudalismo não funcionava mais, novos modelos econômico e político organicamente surgiram e se fortaleceram, como: o capitalismo primitivo e a monarquia.
Aos poucos, o poder político deixou as mãos dos senhores feudais e passou a ser atribuído aos nobres mais ricos. Com o passar do tempo, essa centralização se intensificou tanto que esses nobres ganharam status de reis, e nasceram, assim, os Estados monárquicos.
Qual foi a primeira monarquia do mundo?
Embora a origem da monarquia seja comumente localizada na Europa Ocidental da Baixa Idade Média, como dito acima, alguns estudiosos apontam que a primeira monarquia do mundo teve início, provavelmente, no oriente, mais especificamente no Japão.
Historiadores defendem que o país asiático implantou sua monarquia ainda na Antiguidade, muito antes da experiência europeia. A linhagem japonesa de imperadores, inclusive, dura até hoje. Isso significa que o atual imperador japonês, Naruhito, é descendente do primeiro monarca nipônico, nomeado séculos atrás.
Quando e por quem começou a monarquia?
Como dito, foi no Japão onde, muito provavelmente, teve-se a origem da monarquia no mundo. Mas, quando isso aconteceu e quem foi o primeiro rei? Bem, os pesquisadores apontam que foi no ano de 600 a.C. que tudo teve início. Neste ano, um homem chamado Jimmu tornou-se imperador (o primeiro do Japão).

Acreditava-se que ele era filho de Amaterasu, a deusa do sol, e, por isso, também carregava o título de divindade. Essa característica, inclusive, durou até meados do século XX, quando o então imperador, Hirohito, renunciou dessa qualidade divina, após a derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial.
O fato é que todos os imperadores japoneses que vieram depois de Jimmu são descendentes dele, até mesmo o atual monarca, Naruhito. No entanto, atualmente, a família imperial nipônica não possui poderes políticos de fato — papel exercido pelo primeiro-ministro do país — e carregam apenas prestígio e o símbolo de serem a família real.
Como visto, a origem da monarquia é um assunto que ainda merece mais estudos e aprofundamento. Mesmo assim, com as informações existentes atualmente, é possível entender bem como esse sistema surgiu e como pôde ser tão impactante em diversas sociedades humanas.